Verso para memorizar da semana:

" Bendiga o Senhor a minha alma! bendiga o Senhor todo o meu ser!" (Sl 103:1, NVI).

domingo, 4 de abril de 2010

MEDITAÇÕES DA SEMANA

4 de abril Domingo

A tumba vazia

Ele não está aqui; ressuscitou, como tinha dito. Mateus 28:6
Alguns anos atrás tive a oportunidade de visitar a Tumba do Jardim, em Jerusalém, a cem metros de um monte semelhante a uma caveira. Há hoje ali um jardim bem cuidado, reservado à meditação. O sepulcro fica ali dentro e foi escavado na encosta de um monte. Muitos acreditam que esse era o sepulcro de José de Arimateia, em que Cristo foi sepultado e de onde ressuscitou.
Quer seja esse o local exato onde Cristo foi sepultado, ou não, a inscrição na porta de madeira que lhe dá entrada, está correta: “Ele não está aqui; ressuscitou.”
Essas palavras, ditas pelo anjo às mulheres, no domingo de manhã, são importantíssimas para nós, porque declaram, de modo inequívoco, que o poder da morte foi para sempre quebrado por Aquele que tem as chaves da morte e do inferno. O império da morte foi derrotado por Aquele que mergulhou nas profundezas do abismo e de lá retornou vitorioso.
Os incrédulos de todas as épocas, entretanto, têm procurado achar outras explicações para a tumba vazia. A primeira delas foi dada pelos escribas e fariseus, que subornaram os soldados em guarda no sepulcro, para que divulgassem a notícia de que os discípulos haviam roubado o corpo de Jesus, enquanto dormiam. Mas como poderiam os soldados saber isso se estavam dormindo?
Segundo a lei, os soldados que fossem encontrados adormecidos eram condenados à morte. Mas a história não diz que aqueles que falharam na guarda do sepulcro foram executados. Além disso, seria ridículo admitir que um grupo de pescadores amedrontados, sem armas, perplexos e confusos, ousassem surpreender os soldados romanos, violando a tumba de Jesus. E como violar a tumba, se uma pesada pedra havia sido colocada à sua entrada?
Se os discípulos tivessem roubado o corpo de Jesus, teríamos de acreditar em algo muito mais difícil do que a própria ressurreição, isto é, que o fenômeno moral do cristianismo e a pregação do evangelho pelos apóstolos brotou da fraude e da hipocrisia. Teríamos de crer que os apóstolos, tendo ocultado o corpo de Jesus em algum lugar, saíram com incontido entusiasmo e ousadia, prontos a sofrer perseguição e morte por amor do evangelho, pregando o Cristo ressurreto, sabendo que era tudo mentira.
Não. A única explicação aceitável para a tumba vazia é a ressurreição. E porque Ele ressuscitou, nossa esperança não é vã.

5 de abril Segunda

Esperança para um povo desanimado

Então, profetizei segundo me fora ordenado; enquanto eu profetizava, houve um ruído, um barulho de ossos que batiam contra ossos e se ajuntavam, cada osso ao seu osso. Ezequiel 37:7
Para os israelitas exilados em Babilônia, estava tudo acabado e eles não tinham mais esperança. Jerusalém e o Templo tinham sido destruídos e os nobres deportados. Israel não mais existia como nação.
Sua desesperança e pessimismo quanto ao futuro pode ser medida pela exclamação: “Os nossos ossos se secaram, e pereceu a nossa esperança; estamos de todo exterminados” (Ez 37:11).
Mas Deus não os havia abandonado. E comissionou o profeta Ezequiel, um dos cativos, a infundir-lhes ânimo através de uma visão semelhante a um filme de terror. Ele devia contemplar um vale de ossos secos, que havia sido o cenário de uma batalha, e profetizar, fazendo-os reviver. E o que se segue é uma cena inusitada: os ossos, espalhados por esse vale da morte, começam a se juntar, reconstituindo os esqueletos, e em seguida surgem tendões, músculos e pele sobre eles. Agora os corpos estão reconstituídos, mas ainda sem vida.
A primeira parte da profecia surte efeito. E então vem a segunda, mais importante: Ezequiel deveria profetizar para que a respiração entrasse nesses corpos através do sopro do Espírito de Deus. O profeta obedeceu, e eles reviveram, formando um exército numeroso.
Esta visão não deve ser interpretada de modo literal. Deus não planejava ressuscitar os mortos de Israel, e sim, restaurar a nação como um organismo vivo. Esta era apenas uma amostra do que Deus poderia fazer se fosse necessário. Mas não há dúvida de que esta visão de uma ressurreição simbólica deve ter plantado na mente de muitos daqueles cativos desesperançados a fé, não só na restauração de Israel, mas também na ressurreição literal dos mortos no fim dos tempos. Sem uma ressurreição final, nossa existência neste mundo não teria sentido.
Pela fé, porém, podemos contemplar o dia da volta de Cristo, quando, pela poderosa palavra do Espírito de Deus, os mortos ressuscitarão. Os ossos secos tornarão a viver. Todos nós, que aceitamos pela fé a salvação em Jesus, podemos ter a certeza de que, porque Ele vive, nós também viveremos.

6 de abril Terça

Anistia geral

Quem, ó Deus, é semelhante a Ti, que perdoas a iniquidade e Te esqueces da transgressão do restante da Tua herança? Miqueias 7:18
Alguns soldados japoneses ainda se encontravam em uma ilha do Oceano Pacífico muito tempo depois do fim da Segunda Guerra Mundial. Tendo ficado isolados de seu regimento e das comunicações exteriores, pouco antes de findar a guerra, não ouviram a notícia de que ela havia terminado.
Os soldados se esconderam por muitos anos, vivendo de modo bem primitivo. Quando as pessoas se aproximavam de seu esconderijo, eles atiravam nelas. Embora a guerra houvesse terminado havia bastante tempo, ainda estavam combatendo inimigos imaginários.
Quando foram informados de que a guerra tinha acabado, pensaram, a princípio, que a mensagem era uma armadilha para levá-los a se renderem. Acreditavam que, para ser leais ao imperador, precisavam continuar pelejando. Desconheciam o fato de que a guerra findara e que havia sido declarada anistia geral. Seus “crimes” como soldados não seriam punidos. Não seriam torturados ou executados. Pelo contrário, estavam livres para ir para casa e levar uma vida normal. Não havia mais necessidade de serem hostis.
Obviamente, a anistia ou perdão, não tem valor enquanto não for aceita. Nosso mundo é um lugar de pecado e sofrimento, de pequenas ofensas e também de grandes holocaustos. Se não houver perdão para o que fizemos e continuamos fazendo, não haverá esperança. Cristo veio nos revelar o poder do perdão divino e nos ensinar como ser perdoados e como perdoar.
Por meio da morte de Cristo na cruz, Deus transmitiu ao homem a mensagem de que a graça triunfara sobre o mal e de que Deus estava reconciliando o mundo consigo mesmo . Em outras palavras, declarava anistia geral – perdão para todos. Esta foi a parte que Deus fez para reconciliar consigo o ser humano.
Entretanto, para que esse perdão seja eficaz para nós, é preciso que façamos a nossa parte – reconhecer nossa condição pecaminosa, arrepender-nos, confessar os pecados, e aceitar o perdão oferecido gratuitamente por Deus.
Em Cristo, Deus anunciou o perdão para todos os povos. Os perdidos estarão realmente perdidos, não porque Deus deixou de lhe oferecer perdão, mas porque não aceitaram Seu oferecimento.
Se você se arrependeu, Deus já o perdoou. Aceite esse perdão e perdoe a si mesmo e aos outros também.

7 de abril Quarta

Rasgando as vestes

Então, o sumo sacerdote rasgou as suas vestes, dizendo: Blasfemou! Que necessidade temos de testemunhas? Mateus 26:65
Não me lembro de ter ouvido falar que alguém, ao receber uma péssima notícia, tenha rasgado a própria roupa em sinal de dor, perda ou indignação. Essa não é uma reação típica em nossos dias, mesmo porque o preço das roupas desestimula esse tipo de atitude. Em nossa sociedade a reação mais comum é a pessoa contristada ou contrariada levar as mãos à cabeça, esconder o rosto entre as mãos, dar murros na mesa, gritar, chorar ou se escabelar. Outros dizem palavrões, blasfemam, saem andando sem rumo ou vão a um bar afogar as mágoas na bebida. São poucos os que, em ocasiões de extremo pesar, ira ou dor conseguem se controlar sem demonstrar suas emoções publicamente.
Nos tempos bíblicos, porém, a primeira coisa que a pessoa fazia, em tais situações, era rasgar as vestes. Isso era a prática normal. Mas podia ir além, para demonstrar a intensidade de suas emoções: vestia-se de pano de saco (Is 37:1), rapava a cabeça (Jó 1:20), assentava-se sobre cinza (Jn 3:6), jogava pó sobre a cabeça (Js 7:6) e até mesmo arrancava os cabelos da cabeça e da barba (Ed 9:3).
O ato era muitas vezes espontâneo e podia, realmente, demonstrar uma emoção muito forte. Mas, com o tempo, foi se formalizando, como quando o sumo sacerdote Caifás se fingiu horrorizado ao ouvir a suposta blasfêmia de Jesus. Os demais membros do Sinédrio esperavam esse ato teatral de Caifás, e ficariam surpresos se ele não o fizesse. Havia leis regulamentando o rasgar das vestes, as quais estipulavam que “se deveria rasgar a roupa do pescoço para baixo, cerca de um palmo. As roupas íntimas e a túnica eram deixadas intactas” (R. N. Champlin).
Cristo nunca deu valor a demonstrações artificiais de qualquer espécie, fosse o rasgar das vestes, o jejuar ou dar esmolas em público para serem vistos pelos homens. Ele sempre condenou o exibicionismo, a hipocrisia e o orgulho.
Através do profeta Joel, Deus disse ao povo de Israel: “Rasgai o vosso coração, e não as vossas vestes” (Jl 2:13). Ele não estava proibindo aqui a demonstração externa de tristeza. Estava insistindo na coerência, na autenticidade.
Demonstrar tristeza pelo pecado, sem sentir essa tristeza no íntimo, pode enganar os homens, mas nunca a Deus. Porque Ele olha para o coração.

8 de abril Quinta

A insistência do espírito

Então, disse o Senhor: O Meu Espírito não agirá para sempre no homem, pois este é carnal; e os seus dias serão cento e vinte anos. Gênesis 6:3
Gakwandi nasceu em Ruanda, África, na virada do século 20. Em 1921, ouviu a mensagem adventista, juntamente com seus irmãos e irmãs, que logo se batizaram. Ele, porém, não se deixou tocar pela graça de Deus.
Em 1925, casou-se e, como resultado dessa união, nasceram 82 descendentes seus: 11 filhos, 40 netos e 31 bisnetos. Todos haviam se tornado adventistas, exceto Gakwandi e a esposa, que eram honestos, e não se opunham ao cristianismo, mas não haviam aceito a Jesus como seu Salvador pessoal.
Os anos foram passando, e parecia não haver esperança de que eles se convertessem. Mas dois irmãos de Gakwandi, pastores aposentados, não desistiram. Em 1987, o Pastor Mokotsi, um de seus irmãos, enviou-lhe uma carta dizendo: “Lamento que você vá morrer antes de aceitar a Deus, enquanto a família de nosso pai Rukundo aceitou a verdade.”
Gakwandi e a esposa sentiram que deviam tomar uma decisão. Embora gostasse muito de fumar o seu cachimbo, pela graça de Deus ele venceu o hábito, e foi batizado com a esposa, em 1987. Foi uma festa maravilhosa, parecida com um casamento. Todos os seus 82 descendentes compareceram, regozijando-se com este verdadeiro milagre de conversão, após 66 anos de resistência ao Espírito de Deus.
Que paciência Deus tem! O Seu Espírito intercedeu com os antediluvianos durante 120 anos, até se fechar a porta da arca. Intercedeu com os cananeus durante 400 anos, e somente após ter-lhes dado, em vão, todas as oportunidades possíveis de arrependimento, é que decretou a destruição deles.
Assim opera o Espírito de Deus ainda hoje. Sabendo que somos tardos para atender à Sua voz, Ele intercede conosco não uma só vez e vai embora, mas momento após momento, hora após hora, dia após dia, mês após mês, ano após ano, até que nos rendamos definitivamente aos Seus gemidos inexprimíveis, ou O rejeitemos também em caráter definitivo. Mas, para cansar o Espírito de Deus é preciso muito esforço, muita dureza de coração.
Deus esperou 400 anos pela conversão dos cananeus, 120 anos pela conversão dos antediluvianos, e 66 pela conversão de Gakwandi.
Quanto tempo ainda terá de esperar por você? (Se estiver em paz com Ele, desconsidere a pergunta.)

9 de abril Sexta

O orgulho precede a queda

O orgulho leva a pessoa à destruição, e a vaidade faz cair na desgraça. Provérbios 16:18, NTLH
A Segunda Guerra Mundial havia acabado. Como Hitler era dado como morto, Heinrich Himmler, chefe da Gestapo, se tornou o líder nazista mais caçado pelos aliados.
Após a queda da Alemanha, ele e dois de seus assistentes fizeram o que puderam para sumir do mapa, disfarçando-se como membros da Polícia Secreta. O disfarce de Himmler era muito bom – ele rapou o bigode e usava um tapa-olho preto. Mas não admitiu usar o uniforme de um simples soldado, preferindo o de um sargento.
Ocorre que os aliados haviam recebido ordens para prender todos os membros da Polícia Secreta, de sargento para cima. Himmler poderia ter escapado se não fosse seu orgulho. Ele não aceitou ser soldado. Mas quando a vida está em jogo, que diferença faz se você é soldado ou sargento? Pessoas como Himmler, entretanto, podem perder tudo, mas não a pose.
O resultado final geralmente é trágico, como foi o de Himmler: reconhecido e capturado por uma unidade do exército britânico, em 22 de maio de 1945, foi marcada uma data para o seu julgamento, junto com outros criminosos de guerra. Mas antes do interrogatório ele engoliu uma cápsula de cianeto, suicidando-se. Seu orgulho, literalmente o levou à destruição.
“O orgulho de coração é um terrível traço de caráter. ‘A soberba precede a ruína’ (Pv 16:18). Isso é verdade na família, na igreja e na nação” (Testemunhos Para a Igreja, v. 4, p. 377).
A pessoa pode se orgulhar por uma infinidade de motivos: filhos, beleza física, inteligência, riqueza, habilidade, saúde e longevidade, esquecendo-se de que recebeu tudo isso das mãos de Deus: “Quem é que fez você superior aos outros? Por acaso não foi Deus quem lhe deu tudo o que você tem? Então por que é que você fica todo orgulhoso como se o que você tem não fosse dado por Deus?” (1Co 4:7, NTLH).
O cristão precisa se guardar contra o orgulho em todas as suas formas, especialmente de suas realizações espirituais. Somente Deus deve ser glorificado e exaltado, pois dEle procedem todos os nossos dons e a Ele devemos todas as nossas conquistas.
“Salomão nunca foi tão rico ou tão sábio ou tão verdadeiramente grande como quando confessou: ‘Não passo de uma criança, não sei como conduzir-me’ (1Rs 3:7)” (Profetas e Reis, p. 30).

10 de abril Sábado

Boas notícias

Que formosos são sobre os montes os pés do que anuncia as boas novas, que faz ouvir a paz, que anuncia coisas boas, que faz ouvir a salvação. Isaías 52:7
Nos dias finais em que vivemos, chegamos a ficar surpresos quando nos deparamos com uma boa notícia nos jornais ou na televisão. Só se ouve falar de acidentes, homicídios, sequestros, atentados terroristas, enchentes, desabrigados e toda sorte de calamidades, tanto em nosso país como no estrangeiro.
Em primeiro lugar, porque quase não há boas notícias a publicar, pois o mundo vai de mal a pior. Em segundo, porque para a imprensa secular, a má notícia é que é a boa. É a que faz manchete e vende. O povo de Deus, porém, não precisa se abeberar dessas cisternas rotas. Não precisa e não deve ouvir programas de rádio ou televisão em que homicídios, assaltos e outras ocorrências violentas são dramatizadas com sensacionalismo e até com ironia, procurando tornar a tragédia “engraçada”. Não precisa e não deve ler jornais que destilam sangue e exploram o que há de pior na sociedade.
O profeta Isaías, seis séculos antes de Cristo, disse: “O que tapa os ouvidos, para não ouvir falar de homicídios, e fecha os olhos, para não ver o mal, este habitará nas alturas” (Is 33:15, 16).
Há mais de cem anos, quando a situação do mundo era provavelmente cem vezes melhor do que a de hoje, Ellen White repetiu o mesmo conselho: “Quando os jornais chegam em casa, quase desejo escondê-los, para que as coisas ridículas e sensacionais não sejam vistas [...] Os que desejam ter a sabedoria que vem de Deus devem tornar-se néscios no pecaminoso conhecimento deste século, para serem sábios. Devem fechar os olhos, para não verem nem aprenderem o mal. Devem fechar os ouvidos, para que não ouçam o que é mau e não obtenham o conhecimento que lhes mancharia a pureza de pensamentos e de ação” (O Lar Adventista, p. 404).
Obviamente, a alienação ou a desinformação não despontam como respostas ideais. Entretanto, é muito mais alienatório o conhecimento dos problemas sem nada poder ou nada querer fazer para solucioná-los.
Ao cristão compete gerar boas notícias, pois o evangelho (que significa boas novas), se traduz em atos de amor e bondade para com os necessitados.
Hoje, ajude alguém, com o pão material e com as boas novas da salvação em Cristo.

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